Em alguns dias, durante este mês de fevereiro de 2018, o céu aqui no Espírito Santo esteve particularmente diferente, com um tom avermelhado, bonito de se ver!
Já em 1989, a banda Legião Urbana lançava a questão nos versos da música "Pais e Filhos". Mas, e você? Sabe o que causa as diferentes colorações observadas no céu?
Além de lindas, as imagens acima mostram um fenômeno ótico interessante, chamado Dispersão de Rayleigh. O fenômeno é responsável pela cor azul do céu durante a maior parte do dia e também explica o que acontece durante o nascer ou pôr do sol e, de forma mais intensa, nas camadas mais baixas da atmosfera, especialmente na presença de nuvens.
No caso do céu alaranjado, o fenômeno ocorre quando as partículas maiores em suspensão na atmosfera (geralmente poeira, pólen, sal marinho e minúsculas gotículas de água) espalham a luz solar na faixa dos comprimentos de onda que compreendem as cores que vão do vermelho ao laranja. Esse fenômeno ocorre mais intensamente em baixas altitudes, onde essas partículas são mais abundantes.
Durante o nascer e pôr do sol, a luz solar percorre uma camada maior na atmosfera, interagindo com mais partículas que estejam em suspensão. Assim, o Espalhamento Mie torna-se dominante, deixando o céu com essa coloração alaranjada-avermelhada, característica.
Em locais de altitudes mais elevadas, o céu costuma ser mais azul, porque a quantidade de partículas que provocam a Dispersão de Rayleigh costuma ser menor. O Espalhamento Rayleigh também explica (em grande parte) a coloração azul do céu, resultado da dispersão da luz solar por partículas muito menores na atmosfera, nas horas em que o sol está mais elevado.
Desmistificando o caso:
Curiosidades - A dispersão Rayleigh é uma homenagem ao matemático e físico inglês John William Strutt, conhecido como Lord Rayleigh, pesquisador dos fenômenos ondulatórios.
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