Na Região Sudeste do Brasil, por ser uma estação de transição entre o inverno e o verão, a primavera traz consigo mudanças aceleradas nas condições de tempo.

No Estado do Espírito Santo, apesar de diminuírem sua frequência, algumas frentes frias ainda avançam com fraca intensidade pelo território capixaba. As massas de ar frio que acompanham as frentes provocam quedas ocasionais de temperatura, principalmente na Região Serrana. Há um aumento progressivo na quantidade de precipitação, marcando a passagem da estação seca para a chuvosa.

São observadas as primeiras pancadas de chuva, principalmente à tarde e à noite, sobretudo na Região Sul e Serrana, devido à ocorrência de instabilidade atmosférica*, ocasionada pelas forçantes orográficas e pelo aquecimento, que volta a predominar no estado. Também as primeiras zonas de convergência de umidade (incluindo a Zona de Convergência do Atlântico Sul - ZCAS) começam a se formar sobre o Espírito Santo, do meio para o final da estação, de maneira geral.

A média acumulada de precipitação para a estação fica acima dos 400 mm na Região do Caparaó, Grande Vitória e leste da Região Serrana, entre 350 e 400 mm no restante das regiões Sul e Serrana e na Região Nordeste. Nas demais regiões, os valores observados ficam na faixa dos 250-350 mm. As temperaturas máximas médias ficam em torno dos 24-26 °C na Região Serrana e 28-30 °C nas demais regiões. As temperaturas mínimas médias ficam em torno dos 15-16 ºC na Região Serrana e dos 19 ºC nas demais regiões.

Marcos astronômicos (2020 a 2025):

Fonte do marco astronômico: US Naval Observatory; IAG/USP.

*Em meteorologia, instabilidade é a tendência que as parcelas de ar têm de acelerarem ao saírem de sua posição original. De maneira especial, é a tendência dessas parcelas acelerarem para cima depois de serem levantadas. A instabilidade é um pré-requisito para a condição de tempo severo: quanto maior a instabilidade, maior o potencial para tempestades severas.

Meteorologicamente, a primavera vai de setembro a novembro.

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